Qual as espécies mais frequentes da arborização urbana no Brasil ?

Muito se pergunta acerca das principais espécies da arborização encontradas em calçadas pelo Brasil, são exemplares exóticos ou nativos ? Apresentam pequeno ou grande porte ? Tem flores amarelas ou vermelhas ?

Buscando responder essa pergunta, um trabalho realizado por Alves et al., 2023 intitulado “Arborização urbana dominada por espécies exóticas em um país megadiverso: falta de planejamento ou desconhecimento?” foi publicado na Revista Brasileira de Geografia Física em 2023 como parte da dissertação da autora.

O trabalho teve como cerne de sua metodologia a elaboração de uma revisão sistemática de trabalhos científicos que se focaram em realizar levantamentos florísticos de cidades do Brasil até o ano de 2022. Buscou-se trabalhos em Português, Inglês e Espanhol. 

Após os processos de refinamento de resultado, que envolvem retirada de duplicatas, exclusão de trabalhos que não atendem ao escopo ou não apresentam as informações necessárias, restaram para avaliação da autora 194 trabalhos que basearam sua discussão.

Quais as espécies mais frequentes na arborização urbana das cidades brasileiras ? 

De acordo com dados do trabalho em questão, a espécie mais frequente é a Ficus benjamina L., com aparição em 66,35% dos trabalhos analisados pela autora.

Espécies mais frequentes arborização urbana

Das dez espécies mais utilizadas na arborização urbana das cidades brasileiras, apenas duas são nativas: Moquilea tomentosa Benth. (oiti) e Pachira aquatica Aubl. (munguba) apresentando a tendência generalizada da implantação de exemplares exóticos na composição da arborização;

Ao acompanhar o padrão de implantação de exemplares arbóreos nas cidades, vemos que há uma tendência de aumento do uso de outras espécies nativas, mas que ainda não tem grande expressividade nos dados nacionais.

Por que a implantação de espécies nativas é preferível ?

Utilizar espécies nativas da região em que está sendo implantado o projeto é importante por diversos fatores, dos quais podemos citar:

  • Adaptação da espécie a questões climática
  • Compatibilidade com fauna local
  • Prévio conhecimento da população
  •  Maior resiliência a pragas e doenças

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